quinta-feira, 28 de maio de 2009

Uma nova vida...

Nasceste hoje bebé e indefesa mas sempre acarinhada e protegida por aqueles que te queriam bem. As tuas birras fizeram sorrir muitos e irritaram tantos outros. Eras perfeita, pequena, gordinha e frágil… todos te viam como parecias na altura e não como serias no futuro. Foste menina que um dia cresceu, deu os seus primeiros passos e esfolou pela primeira vez um joelho, e que chorou horas a fio ao ver uma gotinha de sangue na ferida. Tentaste dizer as tuas primeiras palavras em idiomas incompreensíveis, até que surgiu a palavra Pai. Pediste incessantemente aquela boneca na montra e após birra deitada no chão, surgiu a tua primeira palmada e acabaram-se as birras "exteriores". Essa primeira palmada talvez tenha sido a mais importante da tua vida pois ensinou-te uma lição única que se estenderia pelo resto da tua existência: nem sempre o que queremos é o que precisamos.Chegou mais uma fase e tudo passou a ser diferente: a adolescência. Viveste as emoções como se hoje não tivesse futuro, fizeste juras de amor eterno num “namoro” que durou apenas algumas horas e, que quando terminou te fez derramar litros e litros de lágrimas. Após centenas de desilusões amorosas, dezenas de estilos diferentes e tantas, tantas promessas de amor eterno avançaste lentamente na idade e tudo começou finalmente a mudar. Foi aqui que definiste amizades sérias, descobriste sentimentos fortes e estás a delinear o teu futuro ao nível do amor e ao nível de realização pessoal e profissional. Tens feito escolhas responsáveis, tens cometido erros que fizeram correr mares de lágrimas, mas também tens espalhado alegria com as tuas gargalhadas. É aqui que aprendes a segunda lição mais importante da vida: se a luta não for a tua, ninguém o fará por ti, não importa os amigos que tenhas. Já adulta, olhas agora para trás. Tantas oportunidades perdidas, tantos disparates, mas prevalece o sentimento: «... apesar de tudo estou a sobreviver». E com razão. Com certeza não tens tudo o que queres mas também se o tivesses a vida não faria muito sentido. Muito foi perdido, sim. Mas será que é possível sentires desilusão quando pensas no passado e o comparas com o futuro? Não acredito que isso aconteça…Celebramos hoje a vida! Filha, sê muito feliz...

segunda-feira, 27 de abril de 2009

Ser Feliz

Posso ter defeitos, viver ansioso e ficar irritado algumas vezes, mas não esqueço de que minha vida é a maior empresa do mundo. E que posso evitar que ela vá à falência. Ser feliz é reconhecer que vale a pena viver, apesar de todos os desafios, incompreensões e períodos de crise. Ser feliz é deixar de ser vítima dos problemas e se tornar um autor da própria história. É atravessar desertos fora de si, mas ser capaz de encontrar um oásis no recôndito da sua alma. É agradecer a Deus a cada manhã pelo milagre da vida. Ser feliz é não ter medo dos próprios sentimentos.É saber falar de si mesmo. É ter coragem para ouvir um não. É ter segurança para receber uma crítica, mesmo que injusta.
Augusto Cury

quinta-feira, 12 de março de 2009

ESCOLHAS

Nos dias em que nos aborrecemos, em que parece nada haver para fazer, o pensamento corre, corre e voa para idades longínquas.
Este é um desses dias, e recordo a infância, quando sonhava ser escritora. Hoje e a muitas luas de distância, esse sonho já se desvaneceu, porque na faixa descendente da idade, afinal nada escrevi, e consequentemente não consegui ser a tal escritora.
Este ensaio sobre os desejos de infância não concretizados, não pretende ser mais nada senão isso mesmo, um diálogo com o meu eu sonhador, que no percurso da vida, tantos sonhos projectou, tantos projectos sonhou.
Alguns e para mim, os mais importantes foram concretizados, uma família, marido e filhos.
Mas voltando à questão do ser escritora, provavelmente não será um sonho inatingível.
Todos nós somos escritores da nossa própria vida. Sempre que acordamos para um novo dia é mais um pedaço desse romance que escrevemos. Romance ou drama ?
O romance ou o drama somos nós que o fazemos, melhor, pior ou nem por isso.
Num momento, em que tanto se fala de crise económica, de pobreza, de doença, de desemprego, será que a solução é repetidamente falarmos sempre do mesmo tema ? Creio que não.
Devemos ter sempre em mente, reescrever o nosso dia, como se só nosso fosse. E é ! O actor principal somos nós, é o nosso eu, simples, complexo, ou nem por isso.
Na vida, entre mudanças, entre altos e baixos, entre gostos e desgostos, temos sempre a possibilidade de escolher.
As escolhas…essas escolhas, são talvez o parâmetro mais difícil que temos de enfrentar quando movimentamos as pestanas no primeiro momento do dia.
Então urge escolher, com a certeza de que, para nós e para os outros, é a escolha mais correcta !

sábado, 7 de março de 2009

SER FAMÍLIA

Teoricamente a família é a união de pessoas que se amam, que se confiam e agem com solidariedade uns com os outros, fazendo o possível para o bem comum, ficando felizes com as conquistas, tristes com as derrotas, solidarizando-se sempre que necessário, apenas ouvindo quando necessário.
Hoje, começamos a ouvir vivas à família. Regozijo-me com isso!
Mas por outro lado, interrogo-me, o que de facto temos é família, ou antes pelo contrário, família, digamos assim de "ficção"?
Os meios tecnológicos ao nosso dispôr, hoje em dia, substituem, o diálogo, a convivência,e sobretudo a proximidade. Basta um telefonema e todos os conceitos de união, solidariedade e escuta estão resolvidos e deixam-nos dormir de consciência tranquila.
Muitas vezes, devido à vivência, na primeira pessoa, concluímos que família, são aqueles que "não nos são nada", mas de quem sentimos a solidariedade, a escuta, a presença.
Embora a reflexão já vá longa, não poderia deixar de salientar, que de facto família, são os que passam a soleira da nossa porta, e partilham conosco, os bons e os maus momentos.
No mundo da era científica, a família apesar de tudo, não pode, nem deve ser uma família "ficção", pois pergunto-me, o que somos nós, sem família ? Órfãos, com toda a certeza!

sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

O Autor
Também Miguel Torga é um cidadão do Mundo, desta vez português que muito admiro.
Admiro a sua obra, a sua sensibilidade e a sua perspicácia.
Duma forma poética e lírica Miguel Torga retrata um país não muito diferente do que temos hoje, repleto de injustiça social, com um nível de pobreza absurdo e com portugueses tristes, tão profundamente tristes, que quase não têm forças para gritar mais alto e continuar a desbravar mundos.
Onde estão, pergunto eu, os portugueses dos Descobrimentos ? Os que enfrentaram e venceram o Adamastor ?
Como é possível deixarmos que o nosso belo País seja assim destruído ??

Um Poema

Não tenhas medo, ouve:
É um poema
Um misto de oração e de feitiço...
Sem qualquer compromisso,
Ouve-o atentamente, de coração lavado.
Poderás decorá-lo
E rezá-lo
Ao deitar ao levantar,
ou nas restantes horas de tristeza.
Na segura certeza de que mal não te faz
E pode acontecer que te dê paz...

Miguel Torga, Diário XIII

quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

Uma Vida um Desafio

Recordo uma obra que me passou pelas mãos há relativamente pouco tempo, de um famoso psicólogo brasileiro, de nome Augusto Cury.

Este homem, cidadão do Mundo, que muito admiro, compara a grande batalha que todos temos que vencer, desde o momento em que somos gerados até ao acto do nosso nascimento.

De facto, o desafio diário de viver, não é comparável, com o enorme desafio de conseguirmos "Ser" e finalmente "Nascer".

A génese deste blogue pretende apenas que o mesmo seja um espaço de reflexão, não demasiadamente séria e profunda, mas sobretudo um espaço de diálogo e troca de ideias.

Deste modo, todos nós, os que participarmos ficaremos mais ricos...

Vamos pois, juntos, começar mais esta nova aventura, mais este novo desafio.....